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Joyce era louco?

No livro  Formas Breves , do escritor e ensaísta argentino Ricardo Piglia, há uma passagem curiosa sobre loucura e criação: “James Joyce nunca quis admitir que sua filha Lúcia fosse psicótica e procurava instigá-la a sair, a buscar na arte um ponto de fuga. Uma das coisas que Lúcia fazia era escrever. Joyce a instigava a escrever, lia seus textos. Até que por fim recomendaram a Joyce que fosse consultar Jung. Joyce disse a ele “Aqui estão os textos que ela escreve, e o que ela escreve é o mesmo que eu escrevo”, porque ele estava escrevendo o  Finnegans Wake , um texto totalmente psicótico, se o olharmos dessa perspectiva: inteiramente fragmentado, onírico, atravessado pela impossibilidade de construir com a linguagem outra coisa que não seja a dispersão. Assim, Joyce disse a Jung que sua filha escrevia a mesma coisa que ele, e Jung lhe respondeu: ‘Mas onde você nada, ela se afoga’.” Lúcia acabou psicótica, morreu internada numa clínica suíça em 1962. É por aí que dá suas bra

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